Este ano a série Final Fantasy comemora 30 anos de criação e, depois de muuuuito atraso e alterações, Final Fantasy XV chegará aos consoles. O game parece ter tudo o que consagrou a série Final Fantasy através dos anos: narrativa épica; gráficos realistas de ultima geração; sistema renovado de combate, etc. O que ele também tem é o mesmo ar intimidador que os games da franquia vem acumulando. Qualquer um fica meio "assim assim" de começar a jogar uma série na décima quinta entrada — mesmo que nós fãs expliquemos que cada um tem sua história separada e tal.
Para lidar com essa questão a SquareEnix e o diretor Hiroki Chiba estão trazendo World of Final Fantasy para PS Vita e PS4. O game foi concebido como uma maneira de atrair a nova geração para a série com sua acessibilidade e gráficos estilizados e fofinhos. Ao mesmo tempo se trata de uma verdadeira avalanche de “fan-service” que traz de volta personagens e inimigos de TODAS as versões da série em um novo e maravilhoso estilo.
Reynn e Lann em versão Jiant... |
World of Final Fantasy conta a história de um casal de irmãos— Reynn e Lann que são transportados para o mundo de Grymoire. Nesse novo mundo eles encontrarão personagens queridos de todos games da franquia Final Fantasy, assim como viverão uma aventura para descobrirem mais sobre si mesmos — os protagonistas, à moda de muitos JRPGs, não lembram de suas origens.
...e versão Lilikin <3 |
O estilo gráfico foge do realismo de FFXIII e XV para uma abordagem colorida e brilhante que nos remete a Kingdom Hearts. Isso, é claro, falando de personagens em tamanho “normal” (no game chamados de “Jiants”). Grymoire é habitada por personagens estilo “chibi” (chamados de "Lilikins") desenhados em estilo super deformed semelhante ao de um FFVI mas no 3D maravilhoso do PS4. O resultado é simplesmente...adorável. O estilo chibi dos Lilikins foi criado por Yasuhisa Izumisawa, que trabalhou nos designs de Final Fantasy: Crystal Chronicles, os personagens em tamanho normal foram criados pelo maravilhoso veterano da série Tetsuya Nomura (character designer de Final Fantasy VII,VIII, X e XIII...entre outros!!!).
Warrior of Light, representando o primeiro Final Fantasy |
Os irmãos protagonistas alternam entre a forma Jiant e Lilikin nas interações com personagens e cada personagem dos outros Final Fantasy surge nessa forma. É simplesmente impossível não curtir as versões chibi de velhos conhecidos como Cloud (FFVII), Squall (FFVIII), Lightning (FFXIII) e outros tantos. Os inimigos e as tradicionais invocações também vem nesse estilo e o game promete causar muitos “oooowwwwwn” de fãs iniciados e novatos.
O sistema de batalha retorna ao estilo clássico de “active time” (FFVI, Chronno Trigger) com batalhas por turnos e habilidades dispostas em menus. A novidade estratégica é a possibilidade de capturar monstros (“mirages” no mundo do game) e empilhá-los na cabeça dos protagonistas.
Você leu certo. Criando “torres”, como define Hiroki Chiba, os personagens recebem habilidades diferentes dependendo da combinação de monstros empilhados.
Pilhas, manolo. |
Aí entra uma diferença marcante das formas: a forma Lilikin pode montar em criaturas grandes (mega mirages), embora não possa ter uma torre grande empilhada na cabeça; a forma Jiant pode ter mais monstros empilhados, mas não monta. Além disso nas interações com cenários os mirages farão diferença, ajudando a destruir obstáculos ou atravessar penhascos, por exemplo. O diretor afirma que há mais de 200 mirages que podem ser capturados, com isso é de se imaginar que a profundidade estratégica desse sistema seja enorme. Os monstros podem ainda ser evoluídos para novas formas e fortalecidos numa espécie de skill tree que faz lembrar um pouco da Sphere Grid de FFX.
Montarias manolo |
Ainda é difícil saber se a história e os personagens novos vão ser carismáticos como em outros games da franquia, mas o estilo artístico e a qualidade gráfica impressionam e cativam automaticamente. O game é lindo, colorido e traz uma atmosfera leve sem deixar de apresentar cenários maravilhosos de fantasia. Os trechos de narrativa apresentados até agora são bem malucos e na verdade isso combina bastante com os exageros que amamos na série — com a diferença de que estamos acostumados a tragédias e não fofura. World of Final Fantasy não faz questão de se levar muito a sério e parece estar recheado de humor, mas mesmo com essa leveza e abordagem tranquila o game parece ter a profundidade de um título principal da série. Chiba estima que se leve de 30 a 40 horas para completar a história principal, mas que contando-se sidequests e exploração isso poderia facilmente chegar a mais de 100.
Squall de FF8 em toda sua diminuta glória. |
World of Final Fantasy, em resumo, parece ótimo. Mesmo que sua vontade mesmo seja se acabar de jogar FFXV, o próprio Chiba disse em entrevista para a IGN que podemos encarar World como um “aperitivo” antes da experiência tão esperada do outro game. O apelo de nostalgia é fortíssimo com as batalhas por turno e a presença de tantos personagens amados da franquia. Por outro lado, a novidade desse clima descontraído e colorido, a alternância das formas e o sistema de empilhamento trazem um ar fresco muito bem vindo a uma série tão amada e consolidada.
Só posso rezar para que toda essa fofurice seja lançada para PC o mais rápido possível! =)
ResponderExcluirCara, já tem tantos FFs portados, né? Acho que dá pra ter esperança! ^_^
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