quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Preview: World of Final Fantasy - humor, beleza e nostalgia






















Este ano a série Final Fantasy comemora 30 anos de criação e, depois de muuuuito atraso e alterações, Final Fantasy XV chegará aos consoles. O game parece ter tudo o que consagrou a série Final Fantasy através dos anos: narrativa épica; gráficos realistas de ultima geração; sistema renovado de combate, etc. O que ele também tem é o mesmo ar intimidador que os games da franquia vem acumulando. Qualquer um fica meio "assim assim" de começar a jogar uma série na décima quinta entrada — mesmo que nós fãs expliquemos que cada um tem sua história separada e tal.


Para lidar com essa questão a SquareEnix e o diretor Hiroki Chiba estão trazendo World of Final Fantasy para PS Vita e PS4. O game foi concebido como uma maneira de atrair a nova geração para a série com sua acessibilidade e gráficos estilizados e fofinhos. Ao mesmo tempo se trata de uma verdadeira avalanche de “fan-service” que traz de volta personagens e inimigos de TODAS as versões da série em um novo e maravilhoso estilo.


Reynn e Lann em versão Jiant...

World of Final Fantasy conta a história de um casal de irmãos— Reynn e Lann que são transportados para o mundo de Grymoire. Nesse novo mundo eles encontrarão personagens queridos de todos games da franquia Final Fantasy, assim como viverão uma aventura para descobrirem mais sobre si mesmos — os protagonistas, à moda de muitos JRPGs, não lembram de suas origens.

...e versão Lilikin <3


O estilo gráfico foge do realismo de FFXIII e XV para uma abordagem colorida e brilhante que nos remete a Kingdom Hearts. Isso, é claro, falando de personagens em tamanho “normal” (no game chamados de “Jiants”). Grymoire é habitada por personagens estilo “chibi” (chamados de "Lilikins") desenhados em estilo super deformed semelhante ao de um FFVI mas no 3D maravilhoso do PS4. O resultado é simplesmente...adorável. O estilo chibi dos Lilikins foi criado por Yasuhisa Izumisawa, que trabalhou nos designs de Final Fantasy: Crystal Chronicles, os personagens em tamanho normal foram criados pelo maravilhoso veterano da série Tetsuya Nomura (character designer de Final Fantasy VII,VIII, X e XIII...entre outros!!!).

Warrior of Light, representando o primeiro Final Fantasy

Os irmãos protagonistas alternam entre a forma Jiant e Lilikin nas interações com personagens e cada personagem dos outros Final Fantasy surge nessa forma. É simplesmente impossível não curtir as versões chibi de velhos conhecidos como Cloud (FFVII), Squall (FFVIII), Lightning (FFXIII) e outros tantos. Os inimigos e as tradicionais invocações também vem nesse estilo e o game promete causar muitos “oooowwwwwn” de fãs iniciados e novatos.


O sistema de batalha retorna ao estilo clássico de “active time” (FFVI, Chronno Trigger) com batalhas por turnos e habilidades dispostas em menus. A novidade estratégica é a possibilidade de capturar monstros (“mirages” no mundo do game) e empilhá-los na cabeça dos protagonistas.
Você leu certo. Criando “torres”, como define Hiroki Chiba, os personagens recebem habilidades diferentes dependendo da combinação de monstros empilhados.

Pilhas, manolo.

Aí entra uma diferença marcante das formas: a forma Lilikin pode montar em criaturas grandes (mega mirages), embora não possa ter uma torre grande empilhada na cabeça; a forma Jiant pode ter mais monstros empilhados, mas não monta. Além disso nas interações com cenários os mirages farão diferença, ajudando a destruir obstáculos ou atravessar penhascos, por exemplo. O diretor afirma que há mais de 200 mirages que podem ser capturados, com isso é de se imaginar que a profundidade estratégica desse sistema seja enorme. Os monstros podem ainda ser evoluídos para novas formas e fortalecidos numa espécie de skill tree que faz lembrar um pouco da Sphere Grid de FFX.

Montarias manolo
Além disso, os personagens clássicos se tornarão aliados e podem ser chamados em batalha de maneira semelhante às invocações dos outros games da série. Confira:


Ainda é difícil saber se a história e os personagens novos vão ser carismáticos como em outros games da franquia, mas o estilo artístico e a qualidade gráfica impressionam e cativam automaticamente. O game é lindo, colorido e traz uma atmosfera leve sem deixar de apresentar cenários maravilhosos de fantasia. Os trechos de narrativa apresentados até agora são bem malucos e na verdade isso combina bastante com os exageros que amamos na série — com a diferença de que estamos acostumados a tragédias e não fofura. World of Final Fantasy não faz questão de se levar muito a sério e parece estar recheado de humor, mas mesmo com essa leveza e abordagem tranquila o game parece ter a profundidade de um título principal da série. Chiba estima que se leve de 30 a 40 horas para completar a história principal, mas que contando-se sidequests e exploração isso poderia facilmente chegar a mais de 100.


Squall de FF8 em toda sua diminuta glória.

World of Final Fantasy, em resumo, parece ótimo. Mesmo que sua vontade mesmo seja se acabar de jogar FFXV, o próprio Chiba disse em entrevista para a IGN que podemos encarar World como um “aperitivo” antes da experiência tão esperada do outro game. O apelo de nostalgia é fortíssimo com as batalhas por turno e a presença de tantos personagens amados da franquia. Por outro lado, a novidade desse clima descontraído e colorido, a alternância das formas e o sistema de empilhamento trazem um ar fresco muito bem vindo a uma série tão amada e consolidada.

2 comentários:

  1. Só posso rezar para que toda essa fofurice seja lançada para PC o mais rápido possível! =)

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Cara, já tem tantos FFs portados, né? Acho que dá pra ter esperança! ^_^

      Excluir